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Filho de Teori Zavascki diz acreditar que pai foi assassinado

Em maio do ano passado, Francisco usou as redes sociais para relatar preocupação com ameaças, segundo ele, feitas contra o seu pai

Francisco desconfia de assassinato do pai (Foto: Da Net)
O advogado Francisco Prehn Zavascki, filho do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, voltou a levantar a suspeita de que seu pai foi assassinado. Em mensagem publicada no Facebook – e logo depois apagada –, Francisco fez um desabafo sobre as novas investigações da Operação Lava Jato que comprometem o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), flagrados em áudios com o empresário Joesley Batista, do grupo JBS.

“Derrubaram a Dilma e assumiu o Temer. Do que eles são capazes? Será que só pagar pelo silêncio alheio? Ou será que derrubar avião também está valendo?”, escreveu o advogado. “Não tenho como não pensar que não mandaram matar o meu pai!”, acrescentou.

Em maio do ano passado, Francisco usou as redes sociais para relatar preocupação com ameaças, segundo ele, feitas contra o seu pai. “É óbvio que há movimentos dos mais variados tipos para frear a Lava Jato. Penso que é até infantil que não há, isto é, que criminosos do pior tipo (conforme MPF afirma) simplesmente resolveram se submeter à lei! Acredito que a Lei e as instituições vão vencer. Porém, alerto: se algo acontecer com alguém da minha família, vocês já sabem onde procurar…! Fica o recado!”, publicou na época.

Relator da Lava Jato, Teori faleceu em 19 de abril após a queda do avião, no litoral fluminense, em que viajava ao lado de empresário Carlos Alberto Filgueiras, seu amigo, o piloto, uma funcionário do empresário e a mãe dela.

Ainda na mensagem publicada ontem e deletada, Francisco Zavascki disse ter ficado enojado com o cinismo de políticos que compreceram ao velório de seu pai, em Porto Alegre.

“Não tem coisa que me embrulha mais o estômago do que lembrar que, no dia do velório do meu pai, diante de tanta dor, ainda tive que cumprimentar os membros daquele que foi apelidado naquele mesmo dia de o ‘cortejo dos delatados’”.

Veja a íntegra da declaração:

“O PMDB está no poder desde sempre e, como todos sabemos, estava com o PT aproveitando tudo de bom que o Governo pode dar… até que veio a Lava jato.

A ordem sempre foi a de parar a Operação (isto está gravado nas palavras dos seus líderes). Todavia, ao que parece, até para isso o PT era incompetente e, ao que tenho notícia, de fato, o PT nunca tentou nada para barrar a Lava Jato (ao menos o pai sempre me disse que nunca tinham tentando nada), o que sempre gerou fortes críticas de membros do PMDB.

O problema é que as investigações começaram a ficar mais e mais perto e os líderes do PMDB viram como única saída, realmente, brecar a Operação a qualquer custo. Para isso, precisava do poder. Derrubaram a Dilma e assumiu o Temer. Do que eles são capazes? Será que só pagar pelo silêncio alheio? Ou será que derrubar avião também está valendo?

O pai sabia de tudo isso. Sabia quanto cada um estava afundando nesse mar de corrupção. Não é por acaso que o pai estava tão afilho (sic) com o ano de 2017.

Aflito ao ponto de me confidenciar que havia consultado informalmente as Forças Armadas e que tinha obtido a resposta de que iriam sustentar o Supremo até o fim!

Que gente sínica (sic). Não tem coisa que me embrulha mais o estômago do que lembrar que, no dia do velório do meu pai, diante de tanta dor, ainda tive que cumprimentar os membros daquele que foi apelidado naquele mesmo dia de o “cortejo dos delatados”. 

Impeachment já!

Desculpem o desabafo, mas não tenho como não pensar que não mandaram matar o meu pai!”

Do Congresso em Foco
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