Suspeito de matar namorada com tiro de espingarda tem prisão preventiva decretada
Suspeito vai ficar preso no Presídio do Róger até que o inquérito policial seja concluído
Luanna foi morta com um tiro na cabeça (Foto: G1PB) |
O estudante suspeito de matar a namorada - a jovem Luanna Alverga, de 20 anos - com um tiro de espingarda na cabeça, teve a prisão preventiva decretada pelo juiz-auxiliar José Márcio Rocha Galdino, durante audiência de custódia, nesta segunda-feira (24). O fato aconteceu na tarde do último domingo (23), no bairro do Róger, em João Pessoa.
O jovem se apresentou à Polícia Civil no mesmo dia do fato e, até então, se encontrava detido na Central de Flagrantes. Com a decisão do juiz, o suspeito vai ficar preso no Presídio do Róger até que o inquérito policial seja concluído, já que ele não tem curso superior.
Luana Alverga morreu no final da tarde de domingo (23) após ser atingida na cabeça pelo tiro de espingarda disparado pelo jovem durante a festa de aniversário do namorado, na casa dele. O perito Aldenir Lins, do Instituto de Polícia Científica (IPC), descartou suicídio, assim como luta corporal antes do disparo.
Jovem fala em tiro acidental
O suspeito afirmou à polícia que o tiro foi acidental e que achou que a espingarda calibre 22 estava sem munição. Em depoimento à Polícia Civil, o suspeito explicou que o tio dele, apontado como dono da espingarda, havia comentado que os cartuchos estavam com defeito por serem antigos. Ele confessou que apontou a arma e puxou o gatilho, mas não esperava que ela estivesse com munição. A TV Cabo Branco teve acesso ao depoimento.
Arma tinha aparecido em foto
De acordo com o depoimento do namorado à polícia, Luana queria ir ao banheiro, mas o local estava ocupado. Os dois foram até o banheiro que fica no quarto do tio do suspeito, nos fundos da casa, onde estava guardada a espingarda. No quarto, o jovem pegou a arma para mostrar a Luana. Segundo o suspeito, uma semana antes do caso, ele havia enviado uma foto segurando a arma para a namorada.
Na ocasião, ele tinha explicado que a espingarda era para fazer a segurança da casa, porque vários assaltos estavam sendo registrados no bairro. Na versão do jovem, a ida ao quarto do tio acabou servindo também para mostrar a arma, tendo em vista que a foto enviada tinha sido tirada no local.
O namorado de Luana explicou ao delegado que investiga o caso, Joanes Eugênio, que o tio, além de informar que os cartuchos estavam estragados, tinha avisado que iria jogar fora. Não foi a primeira vez que ele manuseou a arma e em todas as vezes, a espingarda estava sem munições.
Suspeito serviu ao Exército
O advogado da família de Luana Alverga, Hilton Souto Maior Filho, explicou que o namorado de Luana Alverga havia servido o Exército durante um tempo. "Na versão dele o tiro foi acidental, mas ele serviu o Exército, sabia manusear a arma, pelo menos foi imprudente", avaliou o advogado. Ainda de acordo com Hilton Souto Maior Filho somente a perícia e o exame cadavérico poderão apontar, de fato, se o tiro que matou a jovem de 20 anos foi acidental.
Do G1 PB
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