Moro aceita denúncia e Lula se torna réu no caso do sítio de Atibaia

Lula afirma não ser o dono do sítio, que está no nome de sócios de um dos filhos do ex-presidente

Juiz Sérgio Moro (Foto: Da Net)

O juiz Sérgio Moro acolheu nesta terça-feira uma nova denúncia por corrupção e lavagem de dinheiro contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, desta vez pelo caso envolvendo o sítio em Atibaia, no interior de São Paulo.

Lula, que enfrenta outros cinco processos e já foi condenado por Moro a nove anos e seis meses de prisão no caso do tríplex do Garujá, será julgado agora por receber subornos das construtoras Odebrecht e OAS, materializados através de reformas no sítio de Atibaia.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Lula recebeu propina por seis contratos envolvendo Petrobras, Odebrecht e OAS. A denúncia precisa que as reformas realizadas no sítio totalizaram 1,02 milhão de reais.

Lula afirma não ser o dono do sítio, que está no nome de sócios de um dos filhos do ex-presidente, a diz que a denúncia "é mais uma etapa da farsa judicial movida pela Lava Jato".

O ex-presidente declarou que todos os seus bens foram declarados à Receita Federal e hoje estão bloqueados por Moro.

Os advogados de Lula qualificaram a decisão de Moro de "mais um atentado ao estado de direito", destacando que o sítio envolvido na denúncia tem proprietários conhecidos, que constam na matrícula do imóvel.

O imóvel está registrado nos nomes dos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna, sócios de Fábio Luis Lula da Silva, filho do ex-presidente, mas a denúncia afirma que foram encontrados bens, roupas e indícios de visitas frequentes de Lula ao sítio.

De acordo com Moro, as provas apresentadas sustentam minimamente que Lula era de fato dono do sítio.

Além de Lula, outras doze pessoas são acusadas no processo, incluindo o ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht; o dono da OAS, Léo Pinheiro; o advogado de Lula, Roberto Teixeira; e o proprietário do grupo Odebrecht, Emílio Odebrecht.

O Estado de Minas