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Condenado por crimes de guerra morre após tomar veneno dentro de tribunal

Slobodan Praljak havia sido condenado a 20 anos de prisão em 2013 por mortes de civis muçulmanos na Bósnia

Comandante do tempo de guerra das forças croatas da Bósnia, Slobodan Praljak, é visto durante uma audiência no Tribunal de Haia, na Holanda, nesta quarta-feira (29) (Foto: ICTY via Reuters )
O ex-alto responsável das forças croatas da Bósnia morreu em um hospital de Haia depois de ter ingerido veneno na sala de audiência do Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPII) em Haia.

Slobodan Praljak, 72 anos, afirmou que rejeitava a condenação de 20 anos e depois ingeriu ante as câmeras o conteúdo de um frasco que tirou do bolso. Seu advogado de defesa afirmou que se tratava de veneno, e a audiência foi imediatamente suspensa.

O juiz determinou que o copo utilizado pelo réu fosse guardado para análise. Uma fonte da BBC relatou ter ouvido que uma ambulância foi chamada.

Praljak foi um dos seis líderes bósnio-croatas, entre políticos e militares, a responder perante o Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia, em Haia, segundo a emissora inglesa.

Juntamente com os bósnio-sérvios, os bósnio-croatas lutaram contra a população muçulmana do país em uma guerra civil no início dos anos 90, após a dissolução da Iugoslávia.

Como ex-comandante militar, Praljak foi condenado por não atuar para conter o cerco e a matança de civis e por ordenar a destruição da ponte de Mostar - uma construção histórica - em 1993, causando "danos desproporcionais para a população civil muçulmana", segundo os juízes.

O tribunal estabelecido pela ONU condenou também o general sérvio Ratko Mladic, no último dia 22, por genocídio. A corte, criada em 1993, quando os combates ainda estavam em andamento, deve encerrar seus trabalhos em dezembro. Ela foi responsável por indiciar 161 suspeitos, dos quais 90 foram condenados.

Do G1
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