Protocolado no STF pedido de anulação do impeachment
Durante o ato de entrega do abaixo-assinado contra o golpe, a deputada Maria do Rosário recebeu flores vermelhas
O líder da Bancada do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (PT-RS) e as vice-líderes Maria do Rosário (PT-RS) e Erika Kokay (PT-DF) estiveram nesta quinta-feira (8), no Supremo Tribunal Federal, para acompanhar a entrega do abaixo-assinado do Movimento Nacional Anula o Impeachment da presidenta Dilma Rousseff, eleita por 54 milhões de votos, em 2014.
Deputadas em frente ao Supremo Tribunal Federal (Foto: Lula Marques) |
Segundo Pimenta, o ato pela anulação do impeachment, com as mulheres na linha de frente no dia 8 de Março, tem um profundo significado, de conscientização da sociedade brasileira sobre a gravidade do episódio que rasgou a Constituição do País.
“Esse ato simboliza a entrega de milhares de assinaturas contra o golpe para que a ministra Carmem Lúcia – presidente do Supremo Tribunal Federal – coloque na pauta da Corte, e busque a votação desse direito da presidenta Dilma, uma mulher honesta que nunca cometeu um crime e foi afastada da Presidência”, afirmou o líder do PT.
Para o líder petista, há praticamente uma unanimidade no País em relação ao golpe capitaneado pelo “juiz da sessão”, o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que está preso e “os jurados que receberam muito dinheiro, inclusive, das empresas multinacionais para que a presidenta Dilma fosse afastada”, disse referindo ao processo de impeachment da presidenta legítima.
Flores – Durante o ato de entrega do abaixo-assinado contra o golpe, a deputada Maria do Rosário recebeu flores vermelhas de uma representante do Movimento Nacional Anula o Impeachment, dedicando-as à presidenta Dilma, à presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), às deputadas e senadoras do Partido e a todas as mulheres brasileiras.
“O símbolo das rosas vermelhas que a Amanda traz é de termos consciência de que esse golpe teve um caráter de tirar do poder as mulheres”, lembrou Maria do Rosário. Segundo ela, “Dilma foi retirada do Palácio do Planalto pelo projeto nacional de desenvolvimento que estava fazendo, garantindo os direitos de homens, mulheres, de famílias, enfim, do povo mais pobre desse País, que levantou a cabeça desde que Lula ganhou as eleições em 2002”.
Além de defender a reversão do golpe contra Dilma, Maria do Rosário chamou a atenção para o golpe que querem dar em relação ao ex-presidente Lula em 2018. Um golpe, segundo ela, que pressupõe a força do mercado, dos Estados Unidos e contra a democracia brasileira. “Nós não podemos aceitar, de forma alguma, que o presidente Lula sofra um golpe, porque um golpe contra ele seria contra todos nós”.
Segurança – Erika Kokay precisou intervir junto à segurança do STF para que os representantes do Movimento Nacional pela Anulação do Impeachment pudessem protocolar no Supremo o abaixo-assinado pela anulação do impeachment.
Por Ivana Figueiredo
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