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Azevêdo propõe implantar centros de monitoramento em JP, CG e Patos

A melhoria da Segurança Pública não é apenas investimento em repressão, mas em políticas públicas que efetivamente reduzam índices

Ex-secretário João Azevêdo (Foto: Da Net)
A melhoria da Segurança Pública não é apenas investimento em repressão, mas em políticas públicas que efetivamente reduzam índices de violência e cooptação de jovens para a marginalidade. É este o pensamento do pré-candidato a governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), que foi apresentado nesta quinta-feira (19), durante entrevistas para a rádio e TV Arapuan.

De acordo com o socialista, nos últimos sete anos e meio de gestão do Governo do Estado, foram implantadas estratégias que trouxeram e ainda trazem resultados diretos na gerência da Segurança Pública na Paraíba. “Foi na gestão do PSB, liderado pelo governador Ricardo Coutinho, que foram implementadas melhorias essenciais nesta área, como investimentos na infraestrutura e no corpo efetivo”, disse.

“A Segurança Pública na Paraíba melhorou não só na infraestrutura para que o policial e o profissional da área prestem o bom serviço, mas acima de tudo, nos números que, efetivamente, são apresentados em relatórios, como o Atlas da Violência, que nem é feito pelo Governo do Estado. Entretanto, ampliar esta política através da inclusão de novos profissionais nesse processo, como essa ação que o governador está realizando, de fazer um concurso para 1 mil novos homens para a Segurança Pública. Mas, acima de tudo, dotar o Estado com mais tecnologia, investir maciçamente em inteligência. Isso faz com que a polícia tenha melhores condições de trabalho”, acrescentou.

João garantiu que, caso seja eleito, a partir de 2019 irá implantar, inicialmente, Centros de Monitoramento e Controle em João Pessoa, Campina Grande e Patos. Consistirá em uma melhor e maior abrangência na fiscalização e monitoramento destas cidades, assim como nos municípios do entorno.

“Nós vamos implantar centros de monitoramento e controle para que, a partir daí, com toda a tecnologia disponível de câmeras e de painéis, para que se faça o monitoramento destas regiões e se possa melhorar a qualidade. Temos que pensar de acordo com as possibilidades. Hoje é possível, com tecnologia, se identificar placa de um carro a quilômetros de distância. É disto que nós estamos precisando”, explicou.

O pré-candidato socialista ainda destacou que irá ampliar a cobertura do novo sistema de comunicação das Polícias Civil e Militar. Atualmente, de acordo com ele, 90% do território paraibano são abrangidos por este sistema.

“Utilizar o sistema de comunicação que está sendo implantado no Estado vai ser um fator preponderante para que tenhamos uma melhor possibilidade de atendimento e atendimento mais rápido. Nós sabemos que anteriormente, o policial ao utilizar um sistema de rádio, o bandido ouvia a conversa. Isso gerava um problema muito sério nas operações da polícia. Esse sistema que está sendo implantado na Paraíba é criptografado e ninguém tem acesso e não identifica nenhum tipo de conversa. Isso é investimento”, declarou.

Integrar para ampliar serviços

O sistema de comunicação poderá não apenas ser usado para a Segurança Pública, mas para outros serviços existentes no Governo do Estado. João Azevêdo propõe que este sistema também seja utilizado para monitor barragens, por exemplo. “Isso se dará, a partir de 2019, através de um plano de tecnologia, uma nova política pública que usará recursos tecnológicos do Estado para melhoria do trabalho e programas em diversas secretarias. Isto é inovação”, ressaltou.

“Associar uma estrutura dessa na segurança, incluí-la e utilizar para o monitoramento de todas as barragens, é uma possibilidade. Na época que eu estava na secretaria (Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia), nós tivemos reuniões com as empresas fabricantes desses equipamentos. É assim, aproveitando a infraestrutura que está sendo implantada para uma secretaria e utilizar isso para uma outra completamente diferente. Será possível, a partir de 2019, implantar um plano de tecnologia para que se use os recursos tecnológicos disponíveis no Estado para que sejam compartilhados, reduzindo custos e ampliando serviços. Mas, num primeiro momento, já adianto que este sistema de comunicação da segurança já vai servir para o monitoramento de todas as barragens”, garantiu.

Segurança é responsabilidade de todos os entes federativos

Não apenas pensar que o Governo do Estado deva ser o único responsável soberano pela gestão da Segurança Pública. Para João, a responsabilidade cabe também ao Governo Federal e até mesmo aos municípios. Durante a entrevista, ele explicou a problemática.

“A Paraíba apreendeu, nestes últimos anos, 13 toneladas de cocaína. E essa cocaína é produzida aqui na Paraíba? É claro que não! Essa cocaína vem de outros cantos, até mesmo de outros países. E entra por onde? Pelas fronteiras. E de quem é a responsabilidade da fiscalização das fronteiras? É do Governo Federal, da Polícia Federal. Às vezes uma lâmpada que falta no poste de uma rua é fator preponderante para que se tenha um marginal atuando. Isso é responsabilidade municipal”, explicou.

Ele relembrou que o governador Ricardo Coutinho defendeu a criação do Ministério da Segurança e pontuou as principais dificuldades desta ação do Governo Federal.

“Nós não somos uma ilha e isso já foi dito inúmeras vezes. O governador Ricardo Coutinho defendeu a vida toda a criação do Ministério da Segurança, que foi criado recentemente. Não estão sendo dadas as respostas porque o ministério ainda é novo e porque foi criado por um objetivo político, para dar uma resposta à sociedade, mas não tem condições mínimas, já que no orçamento não funciona. Então, essa é uma questão que precisa ser pensada a nível nacional”, refletiu.

Segurança e Educação, juntos

Quando se pensa em gestão da Segurança, há quem diga que é uma política desassociada da Educação, por exemplo. Para João Azevêdo, elas caminham lado a lado. O aumento da violência contribui diretamente na carência da oferta de uma educação pública de qualidade. Este é um cenário que a gestão do PSB tem mudado na Paraíba e o pré-candidato socialista garante que vai continuar.

“A falta de uma política pública na educação também contribui. Aqui na Paraíba nós temos levantado que onde tem os maiores índices de violência está sendo constatado o maior problema de evasão escolar. Não tenho dúvida nenhuma que a política integrada entre Educação e Segurança, precisam ser implementadas. É preciso fazer com que mais alunos tenham acesso ao ensino integral. Nós sabemos os riscos que um jovem corre estando na rua”, afirmou.

Do Primerias Notícias
Em 19 de julho de 2018, às 22h55
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