Padre detido por guarda municipal no Conde pede afastamento da paróquia
Padre afirmou que teme pela integridade física, pois vem sendo hostilizado desde que foi detido pela guarda municipal
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Padre Luciano Gustavo da Silveira (Foto: Reprodução) |
''Diante de toda a situação e buscando me resguardar, solicitei a Arquidiocese um afastamento provisório da Paróquia, pois temo por minha integridade física, uma vez que eu estou sendo hostilizado por meio de discursos de ódio e ataques verbais dirigidos a mim através de redes sociais'', escreveu o padre nas redes sociais.
Ele ressaltou, porém, que todos os procedimentos para investigar o caso serão mantidos. ''A referida salvaguarda de minha integridade física em nada prejudica todos os procedimentos administrativos, policiais e judiciais sobre os lamentáveis fatos ocorridos, inclusive a respeito de qualquer tipo de ameaça decorrente de posicionamentos divergentes e lamentáveis''.
Entenda o caso
A confusão envolvendo o padre começou no último dia 3 de outubro, quando o religioso foi detido pela Guarda Municipal e encaminhado à delegacia por ter mandado pintar o cruzeiro que fica em frente à igreja. O monumento havia sido reformado pela prefeitura e pintado de azul, mas o padre queria que ele fosse marrom para combinar com as portas da igreja. Na delegacia, foi constatado que o padre não havia cometido crime algum e ele foi liberado.
O padre Luciano passou então a culpar a prefeita de Conde, Márcia Lucena, pela ordem de prisão, pois a guarda municipal é subordinada à prefeitura. A prefeita, porém, nega qualquer envolvimento com a situação e afirmou que a ação dos guardas seria investigada. Márcia Lucena afirmou ainda que sofre perseguição e que essa situação teria sido armada para prejudicar a imagem dela.
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