Médico falsificou assinatura de Maradona para obter prontuário
Neurocirurgião Leopoldo Luque é investigado por negligência
Ex-jogador sofreu parada cardíaca em novembro, duas semanas depois de realizar um procedimento cerebral (Foto: ALEJANDRO PAGNI/AFP) |
A desconfiança de que a assinatura de Maradona tinha sido forjada surgiu logo quando começaram as investigações, e a carta foi encontrada na casa do médico, junto de algumas folhas com tentativas de rascunhar a caligrafia do ídolo argentino.
"Da minha mais alta consideração, eu, Diego Armando Maradona, escrevo para solicitar que meu médico particular, Dr. Leopoldo Luque, receba uma cópia de meu prontuário. Muito obrigado", constava no papel.
Luque pode ser acusado por crime de utilização de documento privado adulterado, já que o prontuário é de uso exclusivo do paciente.
O artigo 292 do Código Penal argentino estabelece que "quem proferir documento falso, total ou parcial, ou adulterar verdadeiro, para que resulte em dano, será punido com reclusão ou prisão de um a seis anos, no caso de instrumento público e pena de reclusão de seis meses a dois anos, se for privado".
"A perícia determinou que a grafia da autorização para que Luque retirasse o prontuário não foi feita por Maradona", disse uma fonte judicial ao jornal "La Nación". Com isso, as circunstâncias da investigação da morte do ex-atleta correm a partir do questionamento se houve negligência médica por parte de Luque.
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