Lava Jato denuncia José Dirceu, Renato Duque e mais 13 por crimes na Petrobras
MPF investiga corrupção, lavagem de dinheiro, fraude à licitação e formação de cartel; denúncia é a primeira desde que parte dos procuradores da força-tarefa passaram a integrar o Gaeco
Dirceu e Duque já foram condenados em outros processos da Lava Jato (Foto: Reprodução/TV Globo e Marcelo Camargo/Agência Brasil) |
Eles são acusados de crimes como formação de cartel, corrupção, lavagem de dinheiro e fraude à licitação envolvendo 49 contratos de empresas com a estatal.
No caso do ex-ministro, os crimes investigados são corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Já Duque foi denunciado pelas supostas práticas de cartel e corrupção passiva.
Esta denúncia foi a primeira desde que parte dos procuradores da força-tarefa passaram a integrar o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), no início deste mês.
Segundo os procuradores, o esquema ilícito envolveu pagamentos de propinas por representantes das empresas Hope Recursos Humanos e Personal Service Recursos Humanos e Assessoria Empresarial em troca de favorecimentos em contratos com a Petrobras.
O G1 tenta contato com a defesa dos citados. Dirceu e Duque já foram condenados em outros processos da Lava Jato.
A denúncia afirma que acordos de delação premiada de operadores financeiros apontam que o grupo recebeu pelo menos R$ 18 milhões para beneficiar a Personal em 40 contratos pela diretoria de Serviços da estatal - comandada por Duque.
Os procuradores indicam que os envolvidos também receberam pelo menos R$ 30 milhões para beneficiar a empresa Hope em nove contratos com a Petrobras no valor total de R$ 1,8 bilhão.
Conforme o MPF, ao menos 24 licitações públicas do Sistema Petrobras no Brasil, ocorridas entre 2002 e 2014, foram afetadas pelas práticas ilícitas denunciadas.
Ainda de acordo com a denúncia, as vantagens ilícitas, pagas em espécie, totalizavam todos os meses cerca de R$ 800 mil - dividido entre envolvidos.
A denúncia tem relação com a 17ª fase da Lava Jato, deflagrada em agosto de 2015. À época, o ex-ministro foi preso pela primeira vez no âmbito da operação. Atualmente, ele está em liberdade.
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