Faxineira atacada pelo ex-patrão com ácido teme perder visão de um olho
Idoso de 70 anos se apresentou à polícia na tarde de quarta (21) e disse que não se lembrar de que líquido jogou na vítima. Após depoimento em Catanduva (SP), ele foi liberado para aguardar a investigação. Faxineira trabalhava havia 4 anos na casa dele
Francieli foi atingida com ácido (Foto: Arquivo Pessoal) |
CONFIRA: Ex-patrão joga ácido em mulher após discussão em Catanduva; vídeo
A agressão foi registrada por uma moradora. Nas imagens, é possível ver o momento em que o idoso, com um pedaço de madeira em uma mão e uma garrafa de plástico na outra, se aproxima de Francieli e espirra o líquido no rosto dela. A mulher derruba uma barra de ferro no chão e vai para o meio da rua. O idoso em seguida fala que ela "nunca mais vai usar produto de beleza"
O caso ocorreu na última segunda-feira (19), em Catanduva (SP). Depois de receber os primeiros socorros, Francieli procurou um oftalmologista na tarde de quarta-feira (21) porque continua com dificuldade de enxergar.
"O olho está bem inflamado. O médico não pode mexer porque não tem como mexer enquanto estiver infeccionado. Ele passou um colírio e analgésico para ir tratando em casa para ver se vai ter que fazer cirurgia ou o que vai conseguir fazer. A minha visão está muito turva. Não consigo enxergar.”
A mulher registrou queixa na delegacia contra o ex-patrão afirmando que foi atacada com uma mistura de ácido muriático - um tipo de ácido clorídrico usado para limpar pisos e remover restos de cimento — formol e soda.
'Tratava como um pai'
Ela conta que trabalhava na casa do idoso como faxineira havia quatro anos. Ela também cuidava e fazia comida para o ex-patrão.
“Eu conheço o idoso há mais de 10 anos. Ele convivia muito com a minha família. A gente já tinha até viajado junto. Eu o tratava como um pai”, afirmou.
Sobre o que teria desencadeado a briga, a faxineira disse que na semana retrasada, enquanto estava na casa do idoso, acabou tropeçando em um balde com produto que o homem preparava para vender.
“Ele ficou bravo. Vim embora para minha casa. Em seguida, fiquei doente durante uma semana e não fui trabalhar. No outro domingo, liguei para comunicar que não iria mais trabalhar”, contou.
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