COLUNA A. SANTOS! Editor de F@F comenta discurso de Bolsonaro no 7 de setembro
Discurso de revide e desespero
Caríssimo leitor (internauta);
Antonio Santos, editor de Fato a Fato (Foto: Arquivo Pessoal) |
Os grandes governantes, por exemplo, conduzem-se na primaz missão de unir seus povos, fazendo com que os governados mirem e pratiquem propósitos sólidos, ideológicos, políticos e patrióticos únicos, sobretudo quando se comemora a data da independência de suas nações.
Em terras brasileiras, o Chefe da Nação age de modo antagônico, impulsiona o ódio e o negacionismo, o preconceito entre os cidadãos, inclusive não aceita, por hipótese alguma, quem lhe seja contrário naquilo que pensa e faz. Ao invés de propagar os ditames da democracia, o presidente da República revida, rivaliza e “manda” abertamente seus seguidores carregarem as mesmas bandeiras.
Nesse 7 de setembro de 2021, onde a nação brasileira começar a “sair” do túmulo de mais 500 mil mortes pela pandemia do novo coronavírus, o povo necessitava sim das cores da bandeira encravada no peito e, com deveras orgulho, cantar aos quatro cantos o hino nacional, fazendo resplandecer a ventura de dias melhores para cada um.
A nação brasileira, no dia do Grito da Independência, estava ansiosa por um discurso uníssono, capaz de dizer ao povo assim: “estamos aqui. Eu e os ministros asseguramos que somos um só Pais, respeitando as instituições e o Estado de Direito Democrático para, juntos, povo e governo, continuarmos lutando pelo bem-estar social”.
Mas, infelizmente a propagação do ódio, eivado de rivalidade e de desespero de quem antevê o insucesso popular no próximo ano, foi a tônica dos pronunciamentos do Chefe da Nação. O 7 de setembro, que poderia ter sido comemorado com o hino da união, será a data magna do desrespeito e do acinte às instituições democráticas, sobretudo da parte de quem tem o dever constitucional de zelar por um País igual.
Animal acuado, quando pensa que tem forças (sem ter) para atingir o outro e o faz com desespero, o resultado de tal briga sempre acaba com o adversário saindo da luta como vencedor. Em se tratando de irracionais, os prognósticos são sempre imprevisíveis. Quando racionais, a racionalidade do resultado tende a ser mais provável.
Um forte e sincero abraço a todos. Paz e bem!
ANTONIO SANTOS/Editor de Fato a Fato
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