Deputado pode ser cassado por entrar na ALPB sem ter tomado a vacina contra a Covid
Cabo Gilberto Silva, que entrou na Assembleia sem tomar vacina, é acionado no Conselho de Ética e pode ter mandato cassado pela Assembleia Legislativa
Deputado Cabo Gilberto Silva (Foto: Reprodução) |
O Cabo Gilberto, como se sabe, não se vacinou contra a Covid-19. Aliás, dos 36 deputados estaduais, ele é o único não vacinado.
O deputado Adriano Galdino (PSB) tinha anunciado que enviaria ao Conselho de Ética da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) a representação contra o deputado bolsonarista.
“Não podemos aceitar de forma pacífica que o deputado possa contrariar uma norma da casa, por mais que vossa excelência mostre o teste, sabe que ficou acertado que só poderiam adentrar à Casa de Epitácio Pessoa com a segunda dose. Vossa excelência descumpre a determinação da casa. Vossa excelência tem o direito de não tomar vacina. O seu direito só é menor que o direito coletivo. É menor ainda em relação ao nosso direito à vida”, disse o socialista.
O deputado Cabo Gilberto Silva contesta a denúncia e afirmou ser discriminado pelo fato de não ter tomado a vacina. “Fiz o exame, eu não estou com coronavírus. Não posso dizer a mesma coisa de quem está com passaporte sanitário. Quero justificar minha entrada, não sinto nenhum sintoma. Fiz o teste de coronavírus para que todos fiquem tranquilo. Estou me sentido discriminado. Defendo a vacina, mas não posso defender a obrigatoriedade”, frisou.
O deputado Hervázio Bezerra (PSB), mais cedo, apresentou uma questão sobre a presença do deputado bolsonarista no Plenário da Casa de Epitácio Pessoa, apesar de não estar vacinado. O líder da oposição apresentou um exame com resultado negativo para Covid-19 e teve acesso às dependências da casa legislativa.
Para Hervázio, a Mesa precisa analisar se é possível abrir brecha para que Gilberto Silva possa exercer o trabalho de forma presencial, já que a resolução que tratou sobre o retorno das atividades presenciais estabeleceu que funcionários e deputados que voltassem à Casa precisariam estar com as duas doses de vacina contra o coronavírus.
“Diante da resolução, não vi que o resultado do exame dava direito a qualquer servidor ou deputado permanecer no plenário. Trata-se de uma questão de vida. Estamos aqui diante de uma quadro para que o presidente se pronuncie diante da decisão que vamos tomar. Estou levantando essa questão de ordem para que o colegiado possa decidir, aqui é uma questão de vida”, disse Bezerra.
Do Tá Na Área
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