TSE cassa deputado acusado de divulgar 'fake news' sobre urnas eletrônicas
Deputado estadual Fernando Francischini (PSL) afirmou, sem apresentar provas, que urnas foram adulteradas para impedir a eleição do presidente Jair Bolsonaro. Ele disse que recorrerá ao STF
Fernando Francischini (Foto: Memória EBC/Divulgação) |
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Essa foi a primeira vez que o tribunal tomou decisão relacionada a político que fez ataque às urnas eletrônicas.
O TSE considerou que a conduta de propagar desinformação pode configurar uso indevido dos meios de comunicação e abuso de poder político.
O delegado Francischini (PSL) teve a maior votação da história do Paraná para deputado estadual em 2018, com com 427.749 votos, ou seja, 7,5% do total, segundo dados do TSE.
Pela decisão, além de perder o mandato, o deputado fica inelegível por oito anos.
O TSE determinou que os votos obtidos por ele na eleição sejam anulados, e uma nova totalização seja feita pelo TRE-PR.
Por meio de uma rede social, o deputado afirmou que vai recorrer da decisão ao Supremo Tribunal Federal (STF). “Dia triste, mas histórico na luta pelas liberdades individuais”, afirmou.
“Lamento demais essa decisão que afeta mandatos conquistados pela vontade do eleitor. Agora, reassumo meu cargo de delegado na Polícia Federal, mas não vou desistir. Nós vamos recorrer e reverter essa decisão”, disse.
Francischini foi alvo de investigação após afirmar em redes sociais durante o primeiro turno das eleições de 2018 — sem apresentar provas — que as urnas eletrônicas tinham sido adulteradas para impedir a eleição do presidente Jair Bolsonaro.
Na ocasião, o Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Paraná fez auditoria e constatou que as urnas estavam com funcionamento normal, sem indícios de fraude.
Do g1
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