COLUNA A. SANTOS! Editor de Fato a Fato cita quem João derrotou nas urnas
João e a vitória contra Cássio, Ricardo, Veneziano e o bolsonarismo
Caríssimo (internauta) leitor;
Antonio Santos (Foto: Arquivo Pessoal) |
É claro que não foi uma campanha fácil, no entanto João Azevêdo bateu, nas urnas e nos bastidores (articulação), figuras carimbadas na política paraibana, a exemplo dos ex-governadores Cássio Cunha e Ricardo Coutinho, o senador Veneziano Vital do Rego e de quebra fez ruir a intenção de Nilvan Ferreira, que representa abertamente o bolsonarismo na Paraíba, de se tornar governador da Estado.
No quesito articulação, João obteve nota 10. Inicialmente, e inclusive no primeiro turno, o governador reeleito não abdicou de juntar sua foto com a de Lula. Mesmo o PT da Paraíba equivocadamente forçando a barra em torno do apoio a Veneziano, tudo orquestrado por Ricardo Coutinho, João insistiu em apoiar o candidato petista a Presidência da República.
Os gráficos internos de algumas pesquisas mostraram que, já no primeiro turno, João obteve milhares de votos de eleitores de Lula, enquanto Veneziano Vital do Rego (também candidato a governador), apoiado abertamente por Luis Inácio, ficou na quarta colocação, amargando derrota acachapante e sofrível. A estratégia do governador reeleito, decidida de forma inteligente, fez a diferença em seu favor.
No segundo turno, com Lula pedindo votos para João, já que esmagadora ala do PT da Paraíba não apoiava Veneziano na primeira parte da campanha, os votos de imensa maioria petista paraibana foram deslocados para o governador reeleito. Se some a isso, a fragilidade político-eleitoral de Ricardo Coutinho e Veneziano Vital do Rego.
Outro ponto estratégico utilizado pelo governador reeleito, inclusive de forma articuladíssima, foi a manutenção dos apoios dos prefeitos pelo interior da Paraíba. Só para se ter uma ideia, João foi reeleito apoiado por mais de 150 chefes de executivos municipais. A aposta nos gestores fez a imensa diferença em seu favor, superando até as votações de Campina Grande e na Capital do Estado, João Pessoa.
Mesmo sendo abandonado por Efraim Filho, Veneziano e a ala do PT ligada ao ex-governador Ricardo Coutinho, João Azevêdo não arrefeceu os pontos de equilíbrios estratégicos, mantendo ao seu lado a base de apoio de todo o Republicanos e conseguindo se aliar ao grupo dos Ribeiros em Campina Grande, fatores esses que fizeram compensar as chamadas "traições partidárias", já que quem abandou o governador fazia parte, tinha cargos de secretarias e participava do Governo do Estado ativamente.
Sempre sereno, sem radicalizar nas declarações, ponderado e altivo nos atos administrativos, o governador sempre manteve a rotina de levar obras, ações e serviços por toda Paraíba, priorizando as camadas carentes e fazendo valer o rito de administrador competente, ouvidor do clamar popular e da sociedade paraibana como um todo.
Mesmo candidato, João não deixou o Estado sem governador. A agenda política era intensa, mas o tirocínio de homem público trabalhador funcionou perfeitamente, a ponto de a Paraíba ter obras por todos os recantos, da Capital ao interior. A mostra perfeita de tal quadro era vista nos índices de popularidade de Azevêdo, mas também nas metas alcançadas pela administração estadual, inclusive com reconhecimento por órgãos do Governo Federal.
Em síntese, João Azevêdo bateu Cássio, Ricardo, Veneziano e o representante legal do bolsonarismo de forma espetacular, organizada e estratégica. De governador de primeiro mandato, o atual chefe do executivo estadual se torna, a partir de agora, o maior líder político que a Paraíba tem na atualidade. Lembra muito os tempos áureos de José Maranhão, mas com as devidas particularidades de cada um.
João priorizou o projeto coletivo e fez ver como se faz política com idealismo, meta e organização, sem precisar trair ninguém. Quem agiu diferente foi derrotado pelo povo paraibano, que elegeu quem, verdadeiramente, trabalha. Quem pensou no próprio umbigo, fraquejou antes da batalha final por que não teve voto para superar um verdadeiro líder.
Um forte e sincero abraço a todos. Paz e bem!
ANTONIO SANTOS - Editor de Fato a Fato
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