Jovem é suspeita de matar namorado com agulha de narguilé
Em depoimento, namorada disse que o atingiu ao se defender de uma agressão, em Aparecida de Goiânia. Mãe da vítima pede justiça: 'Ela tirou um pedaço de mim'
Crime ocorreu no Estado de Goiás (Foto: Arquivo Pessoal) |
“Havia uma perfuração no mamilo esquerdo, causada no momento em que o casal discutia, por causa de um pastel de feira. Parece que eles saíram para comer esse pastel sem ela querer. Ela teria ficado nervosa e eles começaram a discutir. Parece que era uma relação muito imatura”, disse o delegado.
O G1 entrou em contato, por meio de mensagem, com a investigada, Nicole Maria, às 17h49, mas não obteve retorno até a última atualização da reportagem. Segundo o delegado, a jovem ainda não apresentou advogado de defesa.
Para a Polícia Civil, ela disse que o namorado havia ido para cima dela com um narguilé quebrado e, para se defender, acabou o atingindo com a agulha, que é usada para furar o papel alumínio que encobre o carvão e, assim, ocorrer a liberação de calor para aquecer a essência do narguilé.
A jovem disse ainda aos policiais que ficou desesperada na hora, pois não "esperava isso". “Foi em um momento em que o casal discutia. Ele estava com o narguilé quebrado, foi para cima da investigada, sua companheira. Houve uma reação, ela pegou uma outra parte desse narguilé e teve a perfuração. Ele já caiu e ela ficou desesperada”, conta o delegado.
Investigação
A morte aconteceu na tarde de sexta-feira (18), na casa da suspeita, no Setor Village Garavelo. De acordo com a polícia, inicialmente, havia uma suspeita de que o namorado teria passado mal e sofrido um infarto. Porém, depois, a equipe notou a perfuração.
O delegado explicou que o ferimento no peito do companheiro era mínimo e que aguarda conclusão do laudo cadavérico, que deve ficar pronto nesta semana, para confirmar a causa da morte.
“Foi um orifício muito pequeno no mamilo. Se realmente for essa a causa da morte, vai ter sido uma fatalidade absurda. Ele caiu de barriga no chão. Pessoal [agentes] pensou que foi uma morte súbita. Após o golpe ele caiu agonizando, mas ainda não temos uma conclusão”, disse o delegado
O investigador informou que a suspeita se apresentou, sem advogado, à Polícia Civil. Como estava fora do período de flagrante, ela não foi presa.
O caso segue sendo investigado pelo Grupo de Investigação de Homicídios, que deve ouvir mais testemunhas nesta semana. Só após conclusão do inquérito será decidido se a jovem será responsabilizada e por quais crimes ela poderá responder.
Do g1 Goiás
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