Morador de rua morre após ser queimado com óleo quente
Divisão de Homicídios abriu inquérito para investigar o caso, que segue em sigilo. Antônio Luís chegou a ficar dois dias internado no Hospital Tarcísio Maia, mas não resistiu aos ferimentos
Caso aconteceu em Mossoró, RN (Foto: Divulgação) |
De acordo com a família, Antônio Luís Rodrigues, de 48 anos, foi atingido com óleo quente em uma rua no centro da cidade.
O crime aconteceu na terça-feira (24). Antônio foi socorrido para o Tarcísio Maia, mas não resistiu aos ferimentos após pouco mais de dois dias de internação.
A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) confirmou ao g1 que abriu investigação sobre o caso e que o inquérito foi instaurado à princípio como homicídio doloso, quando há a intenção de matar.
"Vou considerar a conduta dele como dolo eventual a princípio", resumiu o delegado responsável pelo caso, Caio Fábio, da DHPP, que não revelou suspeitos. "As investigações seguem em sigilo", concluiu.
"A gente não tem ainda uma informação concreta [do que aconteceu]. A polícia é quem vai averiguar para chegar ao fato. O que chegou pra gente é que jogaram óleo quente quando ele estava dormindo na calçada. E que ele teve várias queimaduras nas partes íntimas, nas pernas, num grau bem elevado. E terminou a vir a óbito", lamentou o primo Emanuel Castro.
Em nota, a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Mossoró Subseção de Mossoró, disse que tomou conhecimento do caso de que Antônio 'foi vítima de uma ação criminosa em que jogaram óleo quente em seu corpo, causando graves queimaduras sendo responsável por sua morte".
"Diante disso, a comissão se solidariza com os familiares da vítima, ao mesmo passo em que se compromete a acompanhar este caso junto à Delegacia de Homicídios, solicitando das autoridades competentes a rigorosa apuração e identificação dos envolvidos para que sejam responsabilizados conforme determina a Lei", completou em nota a OAB.
Antônio Luís foi velado e sepultado na manhã desta quinta-feira (27). Ao g1, o primo dele, Emanuel Castro, disse que espera que a "justiça seja feita".
Do g1
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