Noiva de jogador do Botafogo-PB deverá ser investigada pelo MPF
A polêmica aconteceu após Adriana publicar uma série de vídeos curtos em seu perfil no Instagram em que fazia comentários irônicos sobre o sotaque, os costumes e o jeito de andar do paraibano
Léo Campos e Adriana Borba (Foto: Reprodução) |
A polêmica aconteceu após Adriana publicar uma série de vídeos curtos em seu perfil no Instagram em que fazia comentários irônicos sobre o sotaque, os costumes e o jeito de andar do paraibano.
A coordenadora do Gedir, promotora de Justiça Liana Espínola, justifica a decisão por duas razões. "A primeira é que o crime, em tese, cometido é objeto de tratado ou convenção internacional que o Brasil se comprometeu a combater (já que a xenofobia é tratada por lei como racismo)".
A segunda, de acordo com a promotora, é "que houve transnacionalidade porque os comentários preconceituosos veiculados na rede social eram, ao tempo de sua publicação, acessíveis no exterior, posto que feitos em perfil aberto.E, ainda que a agente tenha apagado a publicação, quando se deu conta da repercussão negativa, até a exclusão da postagem, transcorreu tempo suficiente para que esta gerasse interesse e repercussão online."
O procedimento foi encaminhado para o procurador da República do 1º Ofício da Capital, José Godoy Bezerra de Souza.
Depois da repercussão, a noiva do jogador tentou se justificar, dizendo que tudo não passou de uma “brincadeira”. As postagens dela viralizaram nas redes sociais e ela acabou encerrando a sua conta na rede social. O jogador Léo Campos também pediu desculpas.
Confira a nota do Gedir/MPPB na íntegra:
"O Núcleo de Gênero, Diversidade e Igualdade Racial do Ministério Público da Paraíba (Gedir/MPPB) encaminhou, nesta terça-feira (07/02), ao Ministério Público Federal (MPF) o procedimento instaurado para apurar eventual prática de xenofobia em comentários sobre o sotaque e costumes nordestinos, veiculados nas redes sociais por Adriana Borba, companheira de um jogador de futebol do Botafogo da Paraíba. A xenofobia é tratada por lei como racismo e processada como tal. O procedimento foi encaminhado para o procurador da República do 1º Ofício da Capital, José Godoy Bezerra de Souza.
Conforme a coordenadora do Gedir, a promotora de Justiça Liana Espínola, a atribuição para a matéria é do MPF, principalmente, por duas razões. A primeira é que o crime, em tese, cometido é objeto de tratado ou convenção internacional que o Brasil se comprometeu a combater (já que a xenofobia é tratada por lei como racismo). A segunda é que houve transnacionalidade porque os comentários preconceituosos veiculados na rede social eram, ao tempo de sua publicação, acessíveis no exterior, posto que feitos em perfil aberto. E, ainda que a agente tenha apagado a publicação, quando se deu conta da repercussão negativa, até a exclusão da postagem, transcorreu tempo suficiente para que esta gerasse interesse e repercussão online."
Do ClickPB
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