Cida diz que Estatuto impede volta de Cartaxo à disputa
Deputada diz que candidatura própria é necessária para o PT
Cida Ramos (Foto: Reprodução/Facebook) |
A fala da parlamentar foi registrada um dia após a reunião da cúpula do PT que decidiu, por 49 votos contra 19 contrários, que a palavra final sobre candidatura própria da legenda em João Pessoa sairá de Brasília.
“O Estatuto do partido, ele é claro, se só existir uma candidatura, é ela que tá posta. Então não tem disputa interna, o que tem é uma discussão agora, teremos a candidatura própria ou teremos uma política de aliança“, afirmou Cida Ramos.
Em ‘Nota’, ainda na primeira quinzena do mês de março, Cartaxo retirou oficialmente o próprio nome da disputa interna argumentando que setores petistas “optaram por promover uma disputa que somente tem servido para enfraquecer o PT em João Pessoa”; que teria sofrido “acusações completamente sem amparo na realidade“; e, que não estaria “disposto a duelar com companheiras e companheiros de causas e militância”.
Com a desistência de Cartaxo, a legenda ficou com Cida Ramos, a única interessada em ser pré-candidata pela legenda no pleito municipal pessoense.
Cida Ramos, ainda insiste que uma candidatura própria é importante para o PT e se faz necessária em João Pessoa.
“Não pode deixar de centro à esquerda sem uma opção de candidatura, porque nós temos hoje três pré-candidaturas da Direita, Extrema Direita, e tem uma parte grande e forte do eleitorado que quer uma alternativa e que o Partido dos Trabalhadores precisa apresentar isso“, afirmou.
A petista voltou a dizer que foi vítima de violência política de gênero e frisou que tal fato não aconteceu com nenhum homem pré-candidato na Capital paraibana.
“[…] sofri violência política de gênero, quero deixar isso muito claro. Violência política de gênero é quando você há uma tentativa de desqualificar e diminuir, o que não ocorreu com nenhum outro homem pré-candidato de nenhuma força política“, frisou Cida que, logo em seguida, reafirmou o desejo em ser candidata a prefeita da Capital paraibana pelo PT.
“Eu quero insistir: a nossa pré-candidatura é a única existente. Eu tenho trajetória, eu tenho militância, eu tenho valores e respeito do povo de João Pessoa. Portanto, eu não posso abrir um milímetro da minha avaliação política, do meu desejo que o partido tenha uma candidatura própria. E essa candidatura é a nossa. Porque assim, o Estatuto do partido determina“, disse.
Ao ser questionada sobre a possibilidade de seguir apoiando o PT caso o comando nacional da legenda optar por apoiar outro nome que não seja o dela, a parlamentar disse que a sua intenção principal não seria meramente se manter, mas, sim, a de fortalecer a sigla.
“Eu quero fortalecer o partido. E eu tenho uma certeza que a executiva nacional vai fazer uma boa avaliação e vai chegar à conclusão de que a nossa pré-candidatura é a que fortalece o partido, a que unifica e que coloca o bloco na rua para vencer“, afirmou.
Os comentários da deputada estadual foram registrados durante entrevista à Rádio CBN Paraíba, nesta quarta-feira (27/03).
Do Portal da Capital
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