ALPB debate ações de conscientização do autismo e síndrome de down
O diretor executivo da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), Marcus Alves, destacou a importância de mobilização da sociedade para promover a inclusão social
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| Plenário da Assembleia Legislativa da PB (Foto: Secom-ALPB) |
A sessão foi presidida pelo deputado Michel Henrique. “O objetivo foi unir forças e encaminhar demandas ao Governo do Estado que possam melhorar a vida dos autistas e das pessoas com Síndrome de Down no Estado”, disse o deputado.
Michel Henrique mencionou leis vigentes que garantem atendimento prioritário aos pais de pessoas com autismo na rede pública, além do trabalho realizado através da Frente Parlamentar em Defesa da Pessoa Neurodivergente. Ele enfatizou a importância de continuar lutando por essa causa e por todas as minorias. “A dificuldade enfrentada diariamente exige que a gente hoje firme, mais uma vez, o compromisso com ações sociais voltadas para as pessoas com deficiência”, ressaltou o parlamentar.
A deputada Silvia Benjamin destacou que é importante que as ações e atitudes realizadas durante o mês de abril em prol da conscientização e inclusão das pessoas com autismo sejam mantidas ao longo de todo o ano. “A sociedade precisa ser conscientizada sobre a importância de não ter preconceito e promover a inclusão, para construir uma sociedade mais empática, respeitosa e solidária, valorizando as diferenças entre as pessoas”, disse.
Representando a Associação Brasileira das Pessoas que têm Autismo e síndrome de Down, Walkiria Leite destacou a importância de cuidar de crianças carentes que necessitam de apoio e compreensão. Ela enfatizou a necessidade de acabar com os rótulos e preconceitos em relação a essas crianças, ressaltando que com terapia, amor da família e educação, elas podem se desenvolver plenamente. “É importante saber que temos deputados realmente comprometidos com essa causa. É um alento a gente saber da importância e do papel social dessa Casa”, disse.
O diretor executivo da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), Marcus Alves, destacou a importância de mobilização da sociedade para promover a inclusão social e compreensão das necessidades das pessoas autistas em diversos ambientes. “Temos um trabalho educativo nas escolas. Hoje, a Secretaria Municipal de Educação do Municipio mantém dois mil cuidadores para as crianças que estão no espectro autístico. Fora isso, tem trabalho de saúde, de inclusão social, de direitos jurídicos”, explicou.
A Presidente da AIMA (Associação integrada de mães de Autistas), Elaine Araújo, mencionou a dificuldade de criar um filho autista e a importância do apoio da associação, que atende 300 crianças com uma equipe multidisciplinar e o apoio do Governo do Estado. Além disso, ela também ressaltou a necessidade de cuidar da saúde mental dos cuidadores. “Não fossem os apoios que recebemos, a gente não conseguiria atender essas famílias que são socialmente vulneráveis”, disse.
O advogado Caio César de Sousa, vice-presidente da Comissão de Estudos e Defesa de Direitos dos Autistas da OAB-PB, pai de criança autista, elogiou o papel da Assembleia Legislativa nas ações voltadas para a melhoria das condições de vida das pessoas com autismo. “Muito já foi feito nessa Casa, através de leis, mas ainda é preciso fazer mais por essas pessoas”, disse.
Também participaram da sessão especial a deputada Lucinha Lima, a Coordenadora da APA (Associação Paraibana de Autistas), Hosana Carneiro; a presidente da Associação das Famílias Autistas, Maria Gerlane; o representante da tarde inclusiva e da cultura inclusiva para pessoas com deficiência, o musicista Nick Fernandes; e a representante do Instituto Primeiro Olhar, Ana Lúcia Vendel.
Comemoração
O Dia Mundial do Autismo é celebrado pela Organização das Nações Unidas em 2 de abril. A data foi criada no dia 17 de dezembro de 2007 para a conscientização sobre o transtorno do espectro autista. Já o Dia Mundial da Síndrome de Down é comemorado em 21 de março. É uma data de conscientização global para celebrar a vida das pessoas com a síndrome e para garantir que elas tenham as mesmas liberdades e oportunidades que todas as pessoas.
Da Secom-ALPB
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