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OPINIÃO! Pr. Artur Neto disserta sobre o pai adotivo de Jesus Cristo

mestre do Mestre

Pastor Artur Pereira Neto (Foto: Facebook)
Penso que o principal ofício de José, o esposo de Maria, a mãe do Menino Deus, não foi, majoritariamente, a carpintaria, isto é, a arte de trabalhar a madeira em seu estado bruto ou maciço, voltada para a construção material, dando-lhe forma e modelagem técnica. Mas, sobretudo, o de carpintariar o caráter de Jesus, não no seu  aspecto divino, mas, em sua hispostática humanidade, dando-lhe ensinamentos de amor e de temor a Deus; de obediência e de fidelidade; de partilha, cuidado, auxílio e proteção; de trabalho, paciência, discrição e... acima de tudo, silêncio.

A lista de dons e virtudes é longa, magna e interminável para caracterizar os dotes pertinentes a José.

A metodologia aplicada por ele com relação a Jesus, o Cristo, foi o exemplo. O bom exemplo. Porque o bom exemplo é pedagogia que ensina, instrui e edifica. Sua didática foi profundamente eficaz. Seu discurso foi enfático, modesto, e prático. Sem palavras, José se fez  ouvir no tempo e na eternidade. Jesus foi  influenciado por aquele que com sua maneira simples e humilde de ser e viver, deixou sua marca de mestre registrada na mente e no coração do Salvador. 

Em meio as crises existenciais, intrínsecas e extrínsecas, provocadas pelo preconceito cultural de seu povo e perseguição romana, foi criteriosamente sensato, firme e cumpridor de suas responsabilidades. 

Por ideal enfrentou agruras e perseguições. 

Seu comportamento paternal foi inexorável e puramente louvável por não expor, pública e vergonhosamente, sua esposa, salvaguardar seu Filho, ameaçado de morte e priorizar, a todo custo, a pureza e santidade de sua família - obra principal de sua oficina - Jesus Cristo.

Sua fuga para Egito não foi vã. 

O propósito foi mais alto e sublime que os seus quereres. Compreendeu que o propósito abrigava em sua essência, agapicidade salvífica.

José foi guardião da vida.

Em soteriologia, eu diria, salvador do Salvador.

Verifico que, o salvador menor,  foi salvador do Salvador Maior. E, constato que, o carpinteiro menor, foi carpinteiro do Carpinteiro Maior.

José, não é nome qualquer. 

O nome de uma pessoa, acredito, tem e exerce influência identitária.

Em hebraico, José é aquele que acrescenta e, José, acrescentou.

Acrescentou a Jesus todas as coisas boas que um pai acrescenta ao filho que ama.

José foi o homem da terra que teve o maior de todos os privilégios e honrarias. Foi escolhido por Deus para ser o pai terreal de seu Filho.

Jesus, em sua presciência, anteviu e decidiu despir-se de toda glória divina e celestial e, em carne, deixar-se burilar, justo, pelas mãos calejadas e delicadas de José. Permitiu-se formar no laboratório e campo experimental do carinho e da ternura, da e na melhor carpintaria de Nazaré. Numa escolha consciente de renúncia, planejou habitar na casa de um vulgo chamado, José. 

Ele se apequenou para mostrar que para ser grande é preciso se desvencilhar do mais profundo orgulho, vaidade e presunção.

Lá de cima, Ele olhou e concluiu ser José, o único homem, cá de baixo, a quem ouviria e de quem receberia conselhos.

A lógica de Deus confunde a lógica humana.

Minha exposição é parca e limitada para exegetizar acerca de sua grandiosidade, porquanto, não alcanço em valor, a sua dimensionalidade. 

No meu despretensioso enfoque, o pai adotivo de Jesus, foi e sempre será, modelo, inspiração, música e prece.

Magistralmente, o mestre do Mestre.

Por Artur Neto (Cantor, compositor, escritor e pastor)
Guarabira, 18/10/2024
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