Preso suspeito de matar e arrancar coração de homem na PB

O suspeito está preso temporariamente, mas a polícia já trabalha para converter a prisão em preventiva, considerando a gravidade do crime

Suspeito (à dir.) foi preso em Ingá (Foto: Reprodução)

Campina Grande (PB) - A Polícia Civil prendeu na manhã desta quinta-feira (26), em Ingá, no Agreste da Paraíba, o suspeito de cometer o brutal assassinato do dançarino e produtor cultural Julião Martins, de 53 anos. O crime, ocorrido no último sábado (21), em um campo de futebol entre a Estação Velha e o Complexo Judiciário de Campina Grande.

O suspeito, um jovem de 18 anos, confessou o homicídio em detalhes durante interrogatório. Ele afirmou que o crime aconteceu após um desentendimento durante uma relação sexual. Segundo a polícia, o autor usou uma faca, que havia sido tomada da vítima, para desferir múltiplos golpes. Relatos indicam que ele chegou a retirar o coração de Julião enquanto ainda batia, colocando pedras na cavidade torácica em seguida.

Conforme a delegada Renatta Dias, responsável pelo caso, o ato foi classificado como “cruel e bárbaro, revelando uma demonstração de ódio fora do comum”. Durante o depoimento, o jovem relatou que estava sob efeito de crack e cachaça no momento do crime. Ele também confessou ter roubado o celular da vítima, que foi trocado por drogas no mesmo dia.

As autoridades investigaram imagens de câmeras de segurança e ouviram testemunhas para localizar o suspeito, que estava escondido em Ingá após cometer o crime. Segundo a polícia, ele já possuía histórico de desentendimentos na região. Após a prisão, foi revelado que o jovem agiu sozinho.

O autor justificou o ato alegando uma tentativa de legítima defesa durante a relação sexual, mas a brutalidade do assassinato descarta essa possibilidade, segundo os policiais. “Ele descreve o ato de forma perturbadora, narrando inclusive o som do coração da vítima no momento em que foi retirado”, relatou o delegado Ramírez França.

Julião Martins era conhecido por sua personalidade extrovertida e pelo trabalho na produção de eventos culturais. Familiares afirmam que ele era uma pessoa querida e não tinha inimigos.

O suspeito está preso temporariamente, mas a polícia já trabalha para converter a prisão em preventiva, considerando a gravidade do crime. A audiência de custódia deve ocorrer nesta sexta-feira (27). O inquérito segue em andamento, com prazo de 30 dias para ser concluído.

De O PovoPB

Em 26.12.2024