Lindbergh volta a criticar gestão de Campos Neto no BC
"É inaceitável a armadilha criada por Campos Neto", diz Lindbergh após aumento de 1% na Selic
Deputado Lindbergh Farias (Foto: Reprodução) |
"Esse novo aumento de 1 ponto percentual da Selic é um desastre que pode provocar uma desaceleração excessiva da economia e terá um enorme impacto fiscal", afirmou Lindbergh em publicação nas redes sociais. Ele criticou duramente o ex-presidente do BC, Roberto Campos Neto, indicado por Jair Bolsonaro (PL), por ter "contratado" previamente as duas elevações consecutivas de juros na última reunião do Copom, em dezembro de 2024.
O parlamentar apontou que Galípolo "não tinha muita alternativa" para evitar a medida sem gerar "uma grande crise", mas destacou que o grande desafio da nova gestão será "sair dessa armadilha" e retomar uma política monetária que equilibre o controle da inflação com a manutenção do crescimento econômico e da geração de empregos.
mpacto Fiscal e Críticas ao Mercado - Lindbergh também questionou a justificativa técnica para o aumento, citando a carta de Galípolo que explicou o descumprimento da meta de inflação de 2024, que fechou em 4,83%. De acordo com o deputado, o principal fator foi a alta do câmbio, que impactou em 1,21 ponto percentual a inflação, enquanto o peso do "suposto sobreaquecimento da economia" foi de apenas 0,49 ponto percentual.
Para o parlamentar, a política de juros altos tem beneficiado apenas o mercado financeiro e os rentistas, enquanto onera o orçamento público. Ele destacou que, no acumulado de 12 meses até novembro de 2024, o Brasil gastou R$ 837 bilhões com o pagamento de juros da dívida, enquanto o déficit primário foi de apenas R$ 14,5 bilhões. "Cada 1 ponto percentual a mais na Selic significa cerca de R$ 55 bilhões de déficit no orçamento público", afirmou.
Lindbergh também criticou o discurso de "terrorismo econômico" promovido pelo mercado financeiro, que, segundo ele, insiste em alarmes sobre crise fiscal e descontrole das contas públicas. "A realidade não é essa! O Brasil realizou um dos maiores esforços fiscais do mundo, saindo de um déficit de 2,3% do PIB, em 2023, para 0,1%, em 2024.
Leia na íntegra a nota de Linbergh
Do Brasil 247
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